domingo, 29 de agosto de 2010

O que os presidenciáveis planejam para a área de Tecnologia do país?

Fiz essa pergunta, via Twitter, aos três principais presidenciáveis por um mês e ninguém se manifestou. Vi e vejo responderem de tudo, até sobre provocações futebolísticas, mas nem uma palavra sobre o assunto.

Pesquisei nas páginas de campanha dos candidatos sobre o assunto e adivinhem? Nada. Não há nem menção de algo sobre Tecnologia nas propostas dos presidenciáveis.

Abro parênteses aqui para observar que não encontrei nenhuma proposta de verdade, aquela em que se detalhe o que se fará em cada área, com números e coisas do gênero. Em alguns casos a proposta ainda está em "construção", sendo que já estão falando delas em suas propagandas políticas e que temos apenas praticamente um mês pra eleição, fecha parênteses.

Enquanto isso:

Sei que a área de tecnologia não deva ser considerada prioridade pra um governo de igual forma as áreas de educação, saúde, transportes e outros. Mas nem sequer se prevista? Uma área que movimenta bilhões de dólares anuais, abre outro tanto de oportunidade e tem uma demanda exponencialmente maior que outras áreas, nem sequer ser lembrada (ou até pior, conhecida)?

A área de tecnologia já sofre com o abandono por não ter um órgão regulador (como OAB, CREA e afins), facilitando a entrada de “picaretas” de toda sorte. Como hoje você pode, por exemplo, considerar uma pessoa apta a atuar na área de sistemas por você? Seja criando um programa pra sua você, sua empresa ou lhe prestando um serviço. Como hoje você pode assegurar que não há envio ilegal de informações a partir de seu navegador de internet a todo momento que navega ou entra no seu banco?

O mercado faz sua peneira quando pode, mas quem não é da área não tem algo para saber se um profissional de tecnologia é realmente qualificado ou não. E quem é da área acaba disputando mercado com curiosos e/ou pessoas só interessadas pelo “dinheiro rápido”, afinal fica mais fácil tapear as pessoas naquilo que ela pouco conhecem.

Já não bastasse isso, tudo aponta para que nosso próximo presidente nem sequer saiba falar sobre o tema. “Usam” (na maioria esmagadora das vezes, seus assessores usam) Twitter, Orkut, Facebook, e-mail, sites pra campanha, mas e daí? Será que não perceberam que sem essa área não há mais como gerir as outras áreas que todos julgam mais importantes?! Visite um departamento público e veja a lastima tecnológica que vivem. O volume de informação hoje é tão grande que sem tecnologia fica praticamente impossível tomar alguma atitude correta porque não se conseguirá um mínimo de conhecimento do que está ocorrendo.

Os governos atuais então nos apresentam a eleição eletrônica, imposto de renda on-line, certidões on-line, plano de expansão de acesso a internet em todo o Brasil e uma infinidade de avanços tecnológicos, sem contar as novas gerações totalmente centrados na tecnologia. Tudo isso frente a uma visível ignorância tecnológica do nosso (próximo) presidente e seu grupo de ministros. Fica então a pergunta: qual será o resultado dessa ignorância tecnológica?

Meu objetivo é pedir a todos que questionassem nossos presidenciáveis (via e-mail, Twitter, Orkut, debates ou qualquer que seja o meio) para saber o que pensam sobre esse tema e o que pretendem fazer a respeito, pois isso é sim importante.

Segue o site dos três principais presidenciáveis (em ordem alfabética) e seus contatos no Twitter para que possam acompanhá-los e questioná-los:

Dilma Russef

José Serra
Marina Lima

Se tiver alguma novidade sobre o assunto e puder me enviar, mande-me um e-mail:
emerichcontatos-tigov@yahoo.com.br


Eu e o Brasil agradecemos.

(esse texto, assim como outros do meu blog, teve a ajuda de minha amada esposa Clarice Batista fazendo a sua correção)

segunda-feira, 26 de abril de 2010

O ser humano acostuma a viver no próprio excremento e não faz nada pra mudar

É interessante como o ser humano se acostuma a viver no próprio excremento e, percebendo isso, não faz absolutamente nada para mudar.

Pense um pouco. É segredo que quem vive em São Paulo respira um pouco de veneno todos os dias? Tenho fé que não. Também não estou sendo dramático não. Veja só algumas reportagens que saíram nesses últimos dias:

Piora a qualidade do ar na Grande SP - http://www.destakjornal.com.br/readContent.aspx?id=13,56449

Qualidade do ar em São Paulo piora nos últimos 90 dias - http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4397663-EI8139,00-Qualidade+do+ar+em+Sao+Paulo+piora+nos+ultimos+dias.html

Aí os grandes sábios (que geralmente é a maioria da população) acham que isso é uma espécie de lenda urbana, afinal ta ruim mas não tanto assim. Outros até acreditam e se fazem de preocupados, mas se precisar deixar de pegar seu carro pra ir até a algum lugar pra passear (a famosa “dar uma voltinha”), deixar de usar umas 100 sacolinhas plásticas pra carregar as compras de supermercado, enfim, se precisar fazer qualquer mínimo esforço pra ajudar, logo abandonam o espírito “eco-certo” e seguem o fluxo. Ainda se justificam “se eu fizer ou não fizer dará mesmo, o que adianta?”.

Então alguns iluminados ficam procurando uma maneira de fazer isso, nem que seja a força, pra ganhar dinheiro, seja lá o que pensarem. Disso surgem algumas iniciativas como, por exemplo, a inspeção veicular. Mas sem vergonha quando é sem vergonha de verdade, invocam o “dane-se” a algo que é bom pra todos. Xingam o município, reclamam, perguntam se não tem mais nada pra fazer e por ai vai (isso porque o processo é rápido e bem organizado, imagine se não fosse). Mas ir lá pra ver se seu carro ta ajudando a matar os outros, pra que né? E se o carro for reprovado então? É o ícone do absurdo uma coisa dessas. Vamos ser honestos, casos como o da inspeção veicular deveriam ser requeridos pela sociedade e, quando existissem, deveriam ser procurados por livre vontade, não por obrigação. Isso se chama lógica, mas fazemos questão de praticar o que se chama imbecilidade pelo tal do “conforto do momento”. Junte isso à impunidade e tem-se a reportagem abaixo:

Só 0,1% dos infratores foram multados por não fazer a inspeção - http://www.destakjornal.com.br/readContent.aspx?id=13,56447

Não contente, ainda compramos mais e mais carros ou incentivamos isso a toda força. Afinal o Brasil precisa crescer, o povo precisa ganhar dinheiro certo? Claro que sim, porque depois vão precisar de todo esse dinheiro pra consertar a “cagada” que estão fazendo. Não basta o pai de família ter um carro. Tem que haver um pro filho, pra filha, pra mãe, pro empregado, pro filho do empregado e por ai vai. Até que um dia nos veremos todos num hospital, lotado de gente, sem condições de atendimento (mesmo pagando os custos de um plano particular), não conseguindo respirar, vendo filhos morrendo por inúmeros tipos de doenças e por aí vai. Será que aí vamos ao menos se lembrar que somos os responsáveis ou vamos tentar matar o presidente, prefeito ou secretário da saúde? A segunda opção, claro. Afinal alguém acha que a culpa é nossa? Que loucura e blasfêmia dizerem isso!!! Os outros erram, não a gente!

Então vemos as tragédias! Casas levadas pela chuva, famílias inteiras mortas... E? E daí? Isso não quer dizer nada!

Ficou chocado com essa frase a me achou sem sentimento não é? Mas isso que eu disse não é o que eu acho e sim o que a maioria do povo que morreu achava ou parece que achava. Pense bem, porque você iria invadir um local (veja bem, INVADIR) que fica num morro ou na encosta de um rio, onde superficialmente fica evidente o risco do lugar (o chorume do lixo ou o próprio rio em si frente há anos e anos de anúncios de tragédias por alagamento), monta sua casa (gastando o dinheiro que dizem não ter) pra quando há uma chuva ver tudo indo pelo buraco. Então se chama a reportagem pra mostrar a desgraça e condenar o governo pela falta de estrutura e condições dignas pra um cidadão “honesto”! Um cidadão que paga seus impostos (qual seria o imposto se ele é irregular logo não tem IPTU e etc?).

“Mas falta condição pra essa gente, emprego, dignidade e bla bla bla”. Eu não sou ninguém pra falar o que é certo ou errado então eu penso no que é lógico a meu ver. Veja, se estou num lugar e preciso viver, eu vou procurar um lugar pra conseguir o pão (trabalhar) e morar, certo? Supondo que eu esteja nesse local há algum tempo e não consiga achar nada. Não tenho mais como viver ali, o que faço então? Segue as alternativas que penso serem as mais diretas:

a) Tento um novo local para novas tentativas.
b) Insisto nesse lugar, afinal minha família ta aqui. Então procuro um lugar vazio pra montar um barraquinho provisório até eu ver o que vai dar, peço uma ajudinha pro pessoal e vou tentando tocar.

O que geralmente é escolhido? Por quê? “Sou casado e tenho filhos”, “Minha mãe depende de mim” e por aí vai... Mas resolver o problema que é bom, nada. E ai se aparecer um fiscal pra desapropriar e falar que você está errado ou você é um invasor.

Então, como diz o ditado, “se não vai pelo amor, vai pela dor”. Chove, pega fogo ou acontece algo e aí morre a família, os pais, a pessoa... “Que tragédia! Como isso pode acontecer? Será que não há um Deus que vê isso? Esse governo...”

Então, quando falamos algumas coisas que escrevi cima, surgem outras correntes com “... mas é que essas pessoas não tiveram instrução...”. Tenho um exemplo particular, mas meu tataravô não tinha o primário e saiu do Rio de Janeiro a pé pra tentar a vida no interior porque viu que sua família iria morrer de fome se ficasse lá. Isso não tem haver com instrução, tem haver com senso de responsabilidade, de consciência.

Após a tragédia do Rio, ouvi um cidadão dizer à repórter que só síria da casa dele com sua mulher e uma criança (que estava no lixão, em ruínas e em área invadida)para o abrigo que a prefeitura já tinha providenciado se o governo pagasse a ele R$ 250,00. Gente! Que é isso! O cara invadiu o lugar, estava morando em cima do lixo, a casa esta caindo literalmente e ele só sai se ganhar dinheiro?! Olha, parece piada de primeiro de abril.

Voltando, porque fazemos isso? Seja no lixão ou apenas respirando o ar de São Paulo, sabemos que estamos arriscando a nossa saúde, a saúde de nossa família, a saúde de todos e ainda sim não mexemos nenhum músculo pra mudar isso.Porque somos tão coniventes? Será que nossa preguiça, nosso desleixo, nossa falta de compromisso é tão superior assim? Porque fazemos questão de cada vez mais viver COM o excremento e NO excremento? Essa pergunta que não me sai da cabeça, pois me incluo totalmente no meio do que acabam não se mexendo pra ajudar. Quando criaremos vergonha? Alias, será que isso acontecerá um dia? Eu particularmente quero acreditar e pensar nisso muito pra ver se saiu dessa posição. Eu preciso e vou!!!

terça-feira, 30 de março de 2010

Você é criacionista ou evolucionista? Eu?! Eu tenho mais no que pensar...

Faço questão de transcrever esse ótimo artigo sobre um assunto que, segundo o que já presenciei, foi motivo de muita briga feia, quase passando a agressão física. É mais direcionado aos religiosos de plantão...

Deus e o Diabo do DNA

A última encarnação do criacionismo religioso é a teoria do design inteligente. Segundo seus propositores, as belezas da vida e o bom funcionamento de nosso organismo são provas de que fomos criados por uma divindade inteligente e amorosa. Contudo, desde os tempos de Darwin, nós sabemos que um processo inconsciente – a seleção natural – também é capaz de produzir sistemas biologicamente evoluídos e que funcionam bem. Então, tanto a teoria da seleção natural quanto a do design inteligente são consistentes com o aparecimento de um organismo biologicamente perfeito. O problema começa quando surgem as imperfeições. Se eu lhe disser que um processo evolutivo – arbitrário e inconsciente – permite, vez ou outra, que certas falhas apareçam, provavelmente você irá concordar, certo? Mas a coisa fica mais complicada se alguém argumentar que esses absurdos biológicos acontecem porque Deus, o onipotente, tem falhas como todos nós. Se isso fosse possível, teríamos de fazer uma pequena alteração em um ditado popular: “Errar é divino, mas perdoar a Deus é humano”.

Filósofos e teólogos já tentaram, diversas vezes, explicar como, apesar de perfeito, Deus criou um mundo cheio de males e imperfeições. A teoria da justiça divina é a mais antiga dessas tentativas. Ou seja, imperfeições aparecem porque essa é a maneira que Deus encontrou para fazer justiça. Por que, por exemplo, as pessoas devem sofrer com diabetes, ataques cardíacos, acidentes vasculares cerebrais, articulações ruins, ataques de apendicite ou dentes do siso? Será que esses problemas acontecem porque os humanos pecaram no Jardim do Éden, como muitos cristãos acreditam? Ou eles (os problemas), deram um jeito de subverter a perfeição que Deus inscreveu nos nossos genes? Afinal, o genoma humano é ou não é a demonstração última da perfeição de Deus?

Até recentemente, os cientistas não tinham conseguido responder a essas questões. As ferramentas disponíveis para espiar o genoma eram simplesmente inadequadas. Mas agora, graças às descobertas das tecnologias genéticas, nós temos uma resposta: o genoma humano é absolutamente cheio de falhas estruturais e impropriedades funcionais. Ele empilha legiões de mutações, resíduos grotescos e becos sem saída; tem um design absurdo, uma construção malfeita e inúmeras outras evidências que indicam, no mínimo, uma fabricação incrivelmente ruim. Será que Deus (ou, talvez, o Diabo) é diretamente responsável por esse estado bioquímico ridículo?

Não necessariamente. A inspeção detalhada do genoma humano mostra, em todo lugar, rastros de forças evolutivas inconscientes, muito mais do que pistas de um design inteligente feito por Deus. Nesse caso, essa deveria ser uma nova fonte de preocupação para os filósofos, para os teólogos e o resto de nós? Não, absolutamente o contrário: no que concerne às imperfeições biológicas, a ciência evolutiva pode livrar a religião das amarras da teoria da justiça divina. Não é mais necessário blasfemar contra uma divindade onipotente, culpando-a por nossas fragilidades e falhas genéticas. Em vez disso, nós podemos colocar toda a culpa nos ombros de processos evolutivos inconscientes. Dessa maneira, a ciência pode ajudar a religião a retornar ao seu reino legítimo – não como intérprete das minúcias de nossa existência física, mas como uma conselheira respeitável em grandes questões filosóficas que sempre tiveram importância suprema para a humanidade.

Como autor, sabe o que eu espero que os leitores absorvam do meu livro Inside the Human Genome? Primeiro, que eles aprendam um bocado sobre a estrutura e a operação do incrível genoma humano. Mas, em linhas mais gerais, espero que eles vejam que as ciências genéticas e evolutivas podem e devem ser vistas como parceiras filosóficas – mais do que inimigas inerentes – da teologia e da religião.

Autor: JOHN C. AVISE, Phd em genética e autor do livro inside the human genome: a case for non-intelligent design. Matéria publicada na revista Galileu, ed 225 (abril 2010), na área Novas Idéias.


segunda-feira, 29 de março de 2010

Sou gordo, logo sou um viciado

É... Por muito tempo vago no mundo dos acima do peso. O popular gordo, buchudo, obeso, "forte" e por aí vai. Estudei algumas coisas, apenas li outras, busquei explicação pra isso em muitos lugares mas no final tenho que encarar a verdade, sou viciado em comida.

Isso mesmo, assim simples e prático. Não sou gordo por ter problemas no organismo, por ter isso ou aquilo. Alias por experiências que ja fiz comigo, se me comportar como um ser humano normal (comendo o normal) emagreço como todo mundo. O fato nú e crú é que sou gordo porque sou safado! Como (do verbo comer mesmo) pra me divertir, como pra aliviar um dia tenso, como como hobby. Enfim, eu como e como bem!

Tentei remédios e até estou arriscando um regime. Digo isso porque no início achava isso coisa de gente fraca, bastava fazer uns exercícios e pronto. "Evoluí" e comecei achar que teria que sentir a necessidade de emagrecer. Afinal se você passar a sentir isso, seu corpo começa a agir e você fica mais forte pra resistir as tentações, certo? Sim para os outros, não pra mim.

Recentemente tenho tido vergonha na cara pra admitir algumas coisas que me espancaram a vida toda (afinal todo mundo tem isso né?) e uma dela foi essa coisa de ser gordo.

Não gosto, alias abomino principalmente em mim. Vejo gente na rua como eu ou maior e penso "Lá vai mais um coitado, que deve desejar mais que tudo na vida ter um copo normal". Ser gordo me deixa feio (ou mais feio, risos), disforme, sem opções de roupa, a lista e interminável de coisas ruins. Então fica a pergunta: já que acho tudo isso, porque ainda sou gordo então? Entendeu agora porque me chamei de safado antes? Podemos traduzir o safado por fraco, sem vergonha na cara, falta de auto-estima e bla bla bla. Mas o fato é que o problema permanece.

Hoje vou almoçar no quarto do hotel que estou. Vou pedir um prato pequeno (tô de dieta, lembra?) mas ai vão ficar aquelas barras de chocolate olhando pra mim, na maldita cestinha de coisas pra você comer do hotel. Basta tirar certo? Errado, a cabeça de um gordo xarope como eu não deixa.

Conversei com uma pessoa que conseguiu emagrecer mais de 25 Kg. Perguntei a ela (como todo mundo faz e como eu já fiz inúmeras vezes) como ela conseguiu. Advinha a resposta dela. Duas dicas: não teve nenhum milagre (nenhumzinho) e nenhum remédio ou fórmula nova (infelizmente, droga!). Acredito que a resposta, como todos deduzem, seja mais óbvia do que algum exemplo engraçado pra ilustrar (tipo corintiano ser ladrão, mulher ser egoísta no trânsito e coisas do gênero). Ela fechou a boca, simples e objetivo como a vida deve ser, risos.

O fato é que tudo que descrevo acima tem um paralelo impressionante com vício em bebida e afins (tá, isso é óbvio também certo? Vira um viciado que vai ver que não é tão obvio assim pra quem esta no vício).

Veja só, você se sente fraco se não faz, precisa disso pra ser feliz, pra ter alegria e o pior de tudo, é totalmente legal e bem visto pela sociedade. Você já percebeu como fica feliz por ver uma pessoa comendo bem? Isso é meio inerente ao ser humano até pelo motivo da tal da lei de sobrevivência, nos transmite aquele sinal inconsciente que essa pessoa está bem.

Fora que quem consegue largar chega até você e tenta explicar em palavras como você tem que fazer isso urgente. Como foi bom, como conseguiu, enfim, quase grita "meu amigo, para com isso urgente, você está viciado e perdido, salve-se a sim mesmo e aos que te rodeiam". Em suma, ser gordo é porque você é viciado e ponto final (tem as exceções, mas como já se diz são as exceções).

Na tentativa de ajudar-me, a ex-viciada e vitoriosa que falei hoje me deu uma matéria que saiu em uma dessa revista como Veja que expressa bem o raciocínio de um viciado. Vou resumir aqui:
  1. O gordo considera ter forme qualquer vontadezinha de comer, mesmo que já tenha comido como um cavalo.
  2. O gordo não consegue esperar pela próxima refeição, ele tem que comer e pronto.
  3. Saber quando parar de comer é algo que não existe na vida de um gordo, senão não seria gordo certo?
  4. O gordo não tem noção de quantidade
  5. A ótima sensação da comida é o alvo, mesmo que seja momentâneo (é ou não é igual a um vício qualquer?)
  6. Quando ta tirando algo da dieta e vê que engordou, chuta o balde.
  7. Odeia gente magra, principalmente se é magro e come bem. Não pela pessoa, mas por poder fazer o que o gordo mais gosta e não ser gordo.
  8. Se faz dieta, não vê a hora de acabar.
É... Estou me auto estapeando aqui pra ver se, como dizia meu pai, "crio vergonha nessa puta dessa minha cara" e começo a tratar de sair desse vício. Tenho esperança que sim, quem sabe...

domingo, 21 de março de 2010

Como serão as coisas básicas no futuro

Hoje estive lendo sobre uma nova vertente do carbono, uma nova combinação de suas moléculas fez surgir um arranjo chamado grafeno. De cara já se descobriu que ele consegue assimilar as mesmas características do silício no que se diz respeito a chips de computadores, com a simples vantagem de ser mais rápido, consumir menos energia e não esquentar. Tudo isso graças a extrema facilidade que o grafeno tem de conduzir eletricidade.

A aplicação em processadores é só um dos muitos usos que citam. Outros avanços em outros arranjos como o grafeno que já estão sendo estudados e coisas que só se viam na ficção passam a ser possível.

Bom, isso não chega ser uma novidade pra gente. Estamos vendo televisões como folha de papel, inclusive dobráveis, nanorobôs que estão fazendo cirurgias a nível celular e assim vai.

Diante disso começo a pensar que futuramente tudo que nos cerca vai literalmente falar com a gente se quisermos. Você vai comprar um tijolo, vidro, fazer um pilar de concreto e tudo isso pode lhe “dizer” como está.

Imagine que em uma massa para concretagem terão por padrão elementos arranjados artificialmente podem lhe enviar informações a qualquer hora. Não é como colocar um sensor e ficar medindo, é como se o pilar de concreto inteiro fosse um sensor e basta você colher informações a qualquer momento simplesmente "perguntando" pra ele como ele está.

Veja se não é razoável também imaginar que você vá a loja de materiais de contrução e compre um vidro para por em uma de suas janelas. Esse mesmo vidro que colocou na janela poderá a hora que desejar, encaixar um dispositivo e fazer com que ele fique fumê, volte a ficar transparente e quem sabe até exibir imagens sem que pra isso você tenha que gastar a mais porque será tão comum isso que qualquer vidro virá “equipado” com esses elementos.

Imagine coisas assim pra pinturas de casa ou de carro que se realinhem sozinho pra cobrir um risco. Tecidos que se limpam sozinho, te resfriam se você estiver com calor ou te esquentam se estiver com frio apenas por estar em contato com sua pele, podendo “falar” com ela pra saber sua necessidade.

Bom, posso estar sonhando muito, contudo cada dia que passa vejo isso como algo muito mais próximo.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Cobranças...

Uma vez, em um relacionamento antigo meu, eu ouvi a seguinte frase: “Parece que nunca vou ficar como você quer. Mesmo sendo coisas simples, são coisas que não são corriqueiras pra mim, por isso não me lembro em fazer. Só que o fato de não fazer algo assim acaba anulando tudo que faço e, as vezes, isso que faço é algo bem maior, daí o fato de esquecer coisas pequenas apagam tudo que fiz”. Claro que eu não entendia isso até ser eu a pessoa cobrada, então vem a ira “Faço tanta coisa pra agradar e ainda me torra a paciência com isso? Não to acreditando!”.

Porque somos assim? Porque deixamos de fazer coisas que são insignificantes pra nós e sabemos que os outros gostam? Se forem insignificantes, são fáceis de fazer, certo? Quem dera, particularmente acreditava nisso até ser eu o objeto da cobrança.

Acredito que a resposta pra isso fica na gaveta reservada para “os valores pessoais”. Isso beira o óbvio pra mim, mas o óbvio do conhecimento, não do sentimento. Sei que tudo isso é em decorrência aos valores pessoais do outro, mas não consigo trilhar por esse caminho com o meu sentimento. Resumindo, não consigo sentir que muitas ações que me cobram tem certo valor moral pro outro, por isso eu que sou o cobrado acho isso uma pura besteira e faço questão de não fazer.

Pelo pouco que já li, a psicologia aponta que a explicação pra isso ruma para os tipos distintos de personalidade: os duros, os sentimentais, os tímidos e por aí vai. Isso acaba gerando esses conflitos. Cada personalidade tem seus pesos diferenciados, ou seja, cada um tem seus pesos particulares pra cada problema, mas temos a vantagem de saber que quando agrupamos as pessoas por essa classificação citada, fica mais fácil de entender o que está acontecendo.

De qualquer forma eu estou pensando em alguns modos de facilitar o processo pra os momentos que me deparar novamente com essas exigências:

1) Preciso entender a pendência de verdade. Isso significa tirar o estigma que já tenho de que isso é uma tremenda perda de tempo e tentar entender a ação do ponto de vista do meu par.

2) O que o Amor acha? Como decidir se devo ceder a isso mesmo achando banal ou desnecessário? Acredito que isso seja através do crivo do amor. Acredito que eu deva sempre perguntar “Essa exigência tem algo a ver com um relacionamento baseado no amor?”. Se a resposta a isso for SIM, devo passar pros próximos passos. Caso contrário, paro por aqui e vou conversar (e não discutir, atacar, jogar pedra) com a pessoa pra ver se estou entendendo direito ou está faltando algo no que estou pensando.

3) Eu tenho que procurar saber/entender com o outro o porque é tão importante alguns atos que, pra mim, são supérfluos. Acredito hoje que se eu entender isso, consigo adicionar esses atos aos atos que faço automaticamente. Mas se não conseguir, terei que ser sincero e ver se não há nada a fazer que seja um meio termo ou deixar claro que não conseguirei fazer isso sem que seja forçado.

4) A velha e sofrida força de vontade. Claro que há limite, mas se eu conseguir ter a força de vontade necessária pra mudar isso, acredito que atingirei o alvo ou suavizarei ao menos o cenário. Aqui acredito que se consiga levar em consideração o quanto quero mesmo manter um relacionamento. Tenho que ter me mente que quando faço isso, uso um pouco da força desse relacionamento, o que o deixará mais fraco se não for reposto futuramente.


Mas e quanto sou eu que faço as exigências? Honestamente acredito que as mesmas regras acima servem para analisar se minhas exigências ou pedidos são algo que eu deva manter quando houver desavensa ou deva ser algo que eu deva considerar.

De qualquer forma, só consigo por isso em prática se eu tiver um bom diálogo com meu par, senão nem adianta começar, alias... Nem adianta ter par né?

Iniciando...

Um canto pra anotar minhas idéias, analisar e ver meus pontos de vistas, acompanhar meu crescimento... Essa é a idéia desse blog. Gostaria de colocar aqui pensamentos e filosofias de vida que tenho hoje e comparar com as que tive antes. Analisar os momentos da minha vida.

Além disso, deixo publico para que, quem sabe, outros possam se beneficiar com isso de alguma forma.